Danilo Glasser continua treinando forte.

O nadador paraolímpico da Unimed Americana e atleta do Vasco da Gama,  Danilo Glasser, terá um final de temporada tão cheio de compromissos, como foi todo o seu ano de 2010 no que se refere ao calendário de competições. Após disputar as duas primeiras etapas do Circuito Nacional Paraolímpico de Natação, em São Paulo e Fortaleza. Os Jogos Regionais em Americana e os Abertos em Santos, O Open Britânico de Natação Paraolímpica em Sheffield e o Challenge Internacional de Natação em Montreal no Canadá, além da Travessia dos Fortes em Copacabana, Rio de Janeiro, o nadador americanense ainda treina forte e diariamente para disputar na primeira quinzena de dezembro 3 competições seguidas. 

De 3 a 5 em Porto Alegre o nadador disputa a terceira e última etapa do Circuito Nacional Paraolímpico de Natação, nadando os 50, 100 e 400 livre além do revezamento 4x100 livre junto com a equipe do Vasco da Gama. O principal objetivo de Glasser no circuito é terminar o ano novamente entre os 10 melhores índices técnicos do ano. "Num circuito com estrelas paraolímpicas e os melhores do Mundo como Daniel Dias, André Esteves, Clodoaldo Silva, Edênia Garcia entre outros, ficar entre os melhores é muito bom e é o que irei buscar, claro somando a isso minha vontade de voltar para casa com mais 4 medalhas." 

Em seguida o atleta embarca para o hemisfério norte onde disputa o Circuito Canadense Americano de Natação Paraolímpica. Seu primeiro compromisso acontecerá em Toronto, no Canadá de 10 a 12 de dezembro e as provas que Glasser disputará são os 50, 100 e 400 livre e os 50 borboleta. De Toronto, Danilo viaja direto para Nova Iorque onde de 17 a 19 do mesmo mês o nadador da Unimed Americana / Vaso da Gama cai nas águas Americanas para disputar os 50 e 100 livre e os 100 metros Borboleta. De volta ao Brasil já no dia 20 de dezembro o nadador descansa durante as festas de final de ano é já no dia 3 de janeiro retoma os treinamentos visando a temporada de 2011 em que o nadador americanense já firmado compromisso em continuar do clube do Rio de Janeiro visando como principal competição do ano os Jogos Pan-Americanos que acontecerão no México além de dar início ao seu processo de reclassificação funcional, para definir novamente sua categoria dentro da natação paraolímpica. 

Desde 1998 quando o atleta disputou seu primeiro campeonato internacional, o Mundial Paraolímpico de Natação na Nova Zelândia o atleta teve sua categoria definida como S10(para nadadores com o menor grau de deficiência física), porém após 12 anos de competições, duas Paraolimpíadas (Sydney 2000 e Atenas 2004), três jogos Pan-americanos (1999, 2003 e 2007), três mundiais paraolímpicos de natação e piscina longa e um em piscina curta (1998, 2002, 2006 e 2009), dois Jogos Mundiais Paradesportivos (1999 e 2005) com muitas medalhas conquistadas, além de ter estabelecido duas vezes o recorde mundial nos 50 livre e uma vez nos 100 livre sendo eleito pelo COB em 2001 o melhor atleta paraolímpico do ano, o nadador vai lutar para mudar sua categoria para S9, uma abaixo da que disputa atualmente. Isso se deve ao fato de sua deficiência ter sofrido um considerado aumento em sua limitação tanto a nível de movimento quanto força também e somado a isso o fato de ter sido constatado após 12 anos de classificação funcional internacional que algumas medições foram aferidas em desacordo com a atual circunstância de sua deficiência e também alguns outros pontos que não foram mensurados, o que podem fazer o atleta perder mais pontos no sistema de classificação e o colocar uma categoria a baixo. 

"Descobrimos isso no Mundial de curta do ano passado, mas desde 2005 que eu venho tendo essa desconfiança. Aí pedimos a minha ficha internacional para o IPC (Comitê Paraolímpico Internacional) e juntamente com a Drica, que é nossa classificadora aqui no Brasil, levantamos todos esses pontos", disse o atleta que pediu então para fazer uma reclassificação extra oficial logo após o termino do mundial no Rio de Janeiro e tudo isso foi constatado. "Eu a Drica e o Paulo, Fisiologista confirmamos todos esses fatos e já iniciamos o processo de pedido para minha reclassificação. Como eu tenho classificação internacional, nada pode ser mudado aqui no Brasil, por classificadoras do nosso país. Eu preciso passar por uma banca examinadora internacional especializada e autorizada pelo IPC, o que só pode acontecer em um evento chancelado pelo IPC e dificilmente isso acontecia aqui no Brasil", falou Glasser sobre este assunto, que falou ainda que devido ao fato das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016 acontecerem no Brasil e também o fato do ultimo Pan-americano ter ocorrido no Rio em 2007 está em estudo a aprovação do IPC para que todo ano, uma das etapas do Circuito Nacional tenha tal banca examinadora internacional autorizada. 

Para as competições que acontecerão no Canadá e Estados Unidos o atleta contará com apoio da Vivo Sabor, Clip Academia além da Unimed Americana, Moto Snob, Auto Escola Dom Bosco e Exótica que são patrocinadores do nadador.